SPLIT Application for Remote Reabilitation

A lombalgia (LG) é a patologia músculo-esquelética mais prevalente em Portugal e está associada a incapacidade persistente e elevado consumo de meios e cuidados de saúde. É uma condição recorrente com múltiplos episódios interrelacionados que pode gerar dor persistente e incapacitante sendo essencial que os utentes adquiram conhecimento e competências para a sua autogestão. O Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida (ACES Arrábida) tem um programa interdisciplinar para tratamento estratificado da LG (Programa SPLIT) que foi fortemente afetado pelo surto da COVID-19, impossibilitando uma resposta eficiente a estas pessoas com consequências futuras imprevisíveis. O distanciamento social motivado por este surto obrigou os serviços a criar novas estratégias para responder às necessidades e procura dos utentes, incluindo a introdução de consultas e sessões de tratamento em formato de vídeo e acompanhamento por email e chamada telefónica. Todavia, a urgência de encontrar repostas imediatas para as necessidades dos utentes, impossibilitou que em muitas situações as ações implementadas tenham sido devidamente planeadas, com potenciais riscos quer para a segurança e qualidade dos cuidados de saúde prestados, quer para a sua sustentabilidade futura. Para que um serviço de telereabilitação possa responder adequadamente aos desafios da pandemia COVID-19, assegurar cuidados de saúde seguros e efetivos, ter sustentabilidade futura e ser adotado em larga escala, os utilizadores finais e outra partes interessadas devem ser envolvidas nos processos de concepção e implementação. O objetivo deste projeto é desenvolver, em co- criação com os utilizadores finais e outras partes interessadas, uma prova de conceito de um serviço de telereabilitação, recorrendo à adaptação do Programa SPLIT, que servirá como protótipo.